VOCÊ CONHECE A LITERATURA E OS ESCRITORES E ESCRITORAS PIAUIENSES?

 

         A pergunta que uso como título desta conversa é oportuna para falar da 1ª FELIPI – Feira da Literatura Piauiense – que aconteceu recentemente no Shopping Riverside, de 16 a 18 de setembro, e que divulgou o slogan “Uma literatura que dá gosto de ler” para falar da literatura de expressão piauiense, uma realização da Lamparina Editora e da Academia de Letras de Teresina (ALT).

A Feira teve como objetivo valorizar, divulgar e comercializar a produção literária piauiense, com seus respectivos autores e autoras, a fim de torná-la mais conhecida e consumida dentro do estado (para depois alçar longos voos, mundo afora), além de fortalecer as editoras e livrarias locais.

Durante três dias o espaço central do Shopping Riverside ganhou um colorido especial, tendo a Literatura piauiense como a grande atração da festa. Nada exagerado, tudo muito simples e bonito: um palco para as apresentações, os stands das livrarias/editoras e instituições literárias locais e uma exposição de fotografias e frases dos autores homenageados, pelo olhar sensível do queridíssimo @dbfotografia. Estiveram presentes com stands a Editora Nova Aliança, Editora Lamparina, Editora Avant Garde, Casa do Cantador, Revestrés, Academia de Letras de Teresina, dentre outras.  

Em sua 1ª edição a FELIPI homenageou o imortal O. G. Rego de Carvalho, escritor oeirense que embora tenha uma obra relativamente pequena, está ao lado de grandes nomes da literatura nacional brasileira e a escritora, Márcia Evelin de Carvalho, teresinense e autora de seis livros de literatura para a infância de todas as idades.

A rica programação, organizada pelo professor, escritor e agitador cultural Wellington Soares (Lamparina Editora) abrangeu as várias linguagens da arte e da literatura, com a apresentação de grupos musicais, bate-papos literários, contação de histórias, lançamento de livros, cantorias e repentes e o belo Sarau Rio do Lado, sob a coordenação de Fernanda Paz e a participação de poetas piauienses, que tiveram a oportunidade de soltar a voz e os versos no palco do evento.

A tônica da Feira girou em torno da qualidade da nossa literatura – que não deixa a desejar em relação a literatura nacional - e da necessidade de conhecimento e adoção dessa literatura pelas escolas públicas e particulares do nosso estado. Infelizmente, nossas escolas com seus diretores, coordenadores e professores ainda não valorizam a literatura de autores e autoras piauienses. Muitas delas preferem adotar o que vem de fora, o que acaba contribuindo para que o alunado não conheça a literatura genuinamente piauiense.

Nós, escritores e escritoras, precisamos mudar esse quadro em nosso estado. A realização de feiras como a FELIPI ajuda muito, mas a união e organização dos escritores e escritoras no intuito de conseguir atingir o público leitor deve ser constante. Precisamos arregaçar as mangas e seguir em frente com essa luta, não só com o trabalho individual e coletivo de fazer essa literatura ter vez nas escolas, como também pressionando o poder público para fazer valer as leis que autorizam a obrigatoriedade da inclusão da literatura de expressão piauiense nos currículos escolares.

Finalizo esta conversa agradecendo pela homenagem a minha pessoa, homenagem que divido com todos os escritores e escritoras piauienses que escrevem pensando em sensibilizar o público infantil, embora consigam atingir o público em geral, tamanha é a grandeza do conteúdo literário e estético de seus livros. E para o conhecimento de todos já somos muitos: Assis Brasil, Dílson Lages, Anna Miranda, Eulália Teixeira, Luciana Azevedo, Railson Cauã, Edelanni Araújo, Fabiano Pessoa, Wilson Seraine, Talita do Monte, Ir. Epifânio Barbosa, Débora Facchinetti, Célia Costa, Eliszangela Santos, Wellington Soares, Aci Campelo, dentre tantos outros. Receber homenagem em vida é gratificante e nos enche de gás para continuarmos o trabalho de encantar os leitores com nossas obras procurando fazer sempre o melhor.  Gratidão pela bela homenagem, Prof. Wellington Soares! A FELIPI só fortificou o meu desejo de enveredar, cada vez mais, por esse caminho mágico de descoberta da palavra poética.

Como tudo que é bom acaba a FELIPI passou marcando dias de muita interação, conhecimento, encontros e alegria, oportunidade ímpar do escritor e escritora piauiense mostrar sua cara e dar visibilidade a sua obra. Com certeza o sucesso da FELIPI – Feira da Literatura Piauiense – concretiza o seu lugar no calendário de feiras literárias da cidade de Teresina. E para você que não participou ou nem mesmo ficou sabendo da FELIPI eu retorno a pergunta inicial desta conversa: Você conhece a literatura e os escritores e escritoras piauienses? Se sua resposta for não, saiba que é sempre tempo de descobrir “uma literatura que dá gosto de ler”. As dezenas de alunos e alunas da rede pública de ensino do nosso estado que digam, eles visitaram a FELIPI e tiveram a oportunidade de adquirir essa literatura graças aos cheques-livros que foram disponibilizados para que pudessem também saborear essa delícia.

 

                                                                                                                                        Por Márcia Evelin

 

ENTREVISTAS SOBRE A FELIPI:

PROGRAMA SOB OUTRO OLHAR – Norma Soely – Set 2022

https://www.youtube.com/watch?v=qdXh6zzXVzs

https://www.youtube.com/watch?v=V27p1CvOVbI

https://www.youtube.com/watch?v=xJRBpEpJbw8

 

 TV CLUBE – BOM DIA, PIAUÍ - Set 2022

https://globoplay.globo.com/v/10947533/

 

FOTOS DO EVENTO:

É de pequenino que se aprende a amar os livros

Editora e Livraria Nova Aliança presente na FELIPI

É sempre bom conquistar novos leitores

Eu, Leonardo Dias (Editora Nova Aliança) e Cauã Gomes

Família: grande apoiadora