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Uma experiência poética para a chegada de " Assim eu conto a história de Anansi"

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A vida corre numa velocidade estonteante, imensurável. Acontecimentos vem e vão e nem conseguimos ter tempo para processar tudo com calma, analisando cuidadosamente os detalhes, rememorando, se deliciando no que foi, fazendo ser novamente presente. Ainda quero estar aqui nesse lugar, nesse cenário, nesse acontecimento que foi o lançamento do meu mais novo livro, "Assim eu conto a história de Anansi", no último sábado, 16 de setembro, na Livraria Entrelivros, em Teresina (PI). Imagens voltam a me habitar:  Um pote de barro cheio de livros, teias de aranha penduradas no teto, um foco de luz verde, um tapete de tecido africano. O batuque do tambor (@tauanaqueiroz) marca a entrada da aranha Anansi (@a.mar.elo), protagonista da história, que carrega consigo sua teia espiralar em performannce.Ela tenta emaranhar a ilustradora (@lineaaaa_) e a escritora (@marciaevelindecarvalho), que se encontram no palco, assim como o público, que se mantem silencioso e atento a seus passos. Num de

livro ÁGATA E A SAÚDE DA MULHER no XXVI Congresso Brasileiro de História da Medicina

Bom dia a todos e a todas aqui presentes! Inicialmente gostaria de parabenizar aos organizadores do evento, principalmente por abranger não só o campo científico da medicina como também seu caráter social e cultural. Eu sou Márcia Evelin, sou professora, contadora de histórias e mais recentemente também escritora de livros para crianças. Estou aqui para apresentar o livro Ágata e a saúde da mulher, escrito em coautoria com o Dr Luiz Ayrton Santos Júnior. O livro foi publicado em 2019 pela Editora Nova Aliança (PI) com o apoio da Fundação Maria Carvalho Santos, instituição filantrópica, sem fins lucrativos, com sede em Teresina, que atua no diagnóstico precoce do câncer de mama e foi lançado em outubro do mesmo ano, dentro das atividades realizadas pelo Movimento Outubro Rosa. Antes de Ágata e a saúde da mulher eu já tinha escrito meus três primeiros livros para crianças: O Boi do Piauí (2015; 2021); O Segredo da Chita Voadora (2017) e A Flor do Pequeno Principezinho (2019), todos pela

SESC PROMOVE UMA NOITE DE ESCUTA LITERÁRIA

Boa noite a todos e a todas aqui presentes! Gostaria de parabenizar o SESC Piauí por promover eventos tão importantes como este, relacionado a literatura piauiense e seus vários segmentos. Momentos de escuta são sempre oportunos em tempos de correria e repressão, em que as vozes muitas vezes se calam. Aqui estou representando as contadoras de histórias da nossa cidade, função que me honra muito e que vislumbro há algumas décadas. Por isso também falo em nome de Talita do Monte, Carlinha Senna, Talita Aralpe, Aliã Guajajara e tantos outras. Em toda minha trajetória como contadora de histórias sempre tive o SESC como espaço de referência e comprometimento com a arte e a cultura, tendo a oportunidade de atuar através do SESC não só em eventos locais e estaduais, como em Feiras de livros, em suas instalações e em praças públicas da cidade; no projeto Trilhas Literárias; no Bibliosesc; em projetos de contação de histórias dentro das bibliotecas infantis; em oficinas ministradas em Floriano

Relato de experiência Projeto ROSA DA PALAVRA

Movida pela curiosidade e vontade de experienciar a metodologia da Roda de Leitura fui fisgada para o Projeto Rosa da Palavra, que se propôs a fazer a leitura coletiva dos contos do livro “Primeiras Estórias”, de Guimarães Rosa, em comemoração aos seus 60 anos de edição, de forma remota, sob a curadoria do Prof. Dr. Sandro Soares da UFRN. A princípio fiquei um pouco preocupada, pois não sou estudiosa, nem conhecedora de Guimarães Rosa, mas seguindo as recomendações às pessoas inscritas no projeto vi que esse não era um pré-requisito para participar, pelo contrário, essa seria uma porta de acesso ao universo mágico e mítico de Rosa. Sendo assim, resolvi subir na canoa e fazer a travessia me lançando na descoberta de saborear sua linguagem metafórica, recheada de neologismos e não-ditos, ou melhor, bem-ditos, oportunidade de ter um primeiro contato com a obra desse encantador poeta escritor. A Roda de Leitura formou-se na sua maioria por mulheres maduras e potentes, algumas delas já conh

BIBLIOTECA CIRQUINHO DO LIVRO NO COLÉGIO DIOCESANO INFANTIL: MEMÓRIAS AFETIVAS, PARA SEMPRE!

O NASCIMENTO DO CIRQUINHO DO LIVRO Compartilho nessas poucas linhas, algumas de minhas memórias do Diocesano Infantil, mais precisamente, da Biblioteca Cirquinho do Livro. Início dizendo que eu já trabalhava no Diocesano – São Francisco de Sales – sob a Direção do Padre Aléssio, quando fui convidada pela Profa Jovina, na época, Diretora do Diocesano Infantil, para trabalhar com contação de histórias e posteriormente montagem da biblioteca Infantil. Antes de existir o espaço superior, espaço efetivo da biblioteca Cirquinho do Livro hoje, eu contava histórias numa sala provisória, no térreo, para todas as turmas da escola. Lembro que, com a necessidade de um espaço próprio para a biblioteca e a procura da sala ideal eu vi que existia um espaço superior, redondo, idêntico ao que tinha na parte de baixo, onde funcionava uma capelinha. O acesso se dava por uma rampa em espiral. Achei tudo isso mágico e logo quis conhecê-lo, já sa

VOCÊ CONHECE A LITERATURA E OS ESCRITORES E ESCRITORAS PIAUIENSES?

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             A pergunta que uso como título desta conversa é oportuna para falar da 1ª FELIPI – Feira da Literatura Piauiense – que aconteceu recentemente no Shopping Riverside, de 16 a 18 de setembro, e que divulgou o slogan “Uma literatura que dá gosto de ler” para falar da literatura de expressão piauiense, uma realização da Lamparina Editora e da Academia de Letras de Teresina (ALT). A Feira teve como objetivo valorizar, divulgar e comercializar a produção literária piauiense, com seus respectivos autores e autoras, a fim de torná-la mais conhecida e consumida dentro do estado (para depois alçar longos voos, mundo afora), além de fortalecer as editoras e livrarias locais. Durante três dias o espaço central do Shopping Riverside ganhou um colorido especial, tendo a Literatura piauiense como a grande atração da festa. Nada exagerado, tudo muito simples e bonito: um palco para as apresentações, os stands das livrarias/editoras e instituições literárias locais e uma exposição de fo